As Máquinas do tempo: um álbum com imagens e memórias.
Eu visitei a velha estante da minha casa e peguei um álbum de retratos.
Não era só papel, não são apenas imagens.
São livros de histórias, a minha história e carregam dentro de si rotinas co-lo-ri-das, coisas simples e comuns mas que logo logo vão virar saudade, como subir na velha goiabeira no quintal, como deitar na rede e esperar o sono chegar.
Peguei também aquele livro como fotografias de viagens, percebi que de tanto conhecer lugares, aprendi a amar mais meu lugar e como era bom voltar pra casa.
Passei ali na estante pra ver um livro apenas e acabei ficando horas contemplando tantos outros, fotos novas e antigas, retratos de uma vida.
São lembretes de tantos momentos e me fazem sentir que a vida valeu a pena. Valeu sonhar, valeu chorar. Valeu ver crescer o sonho. Valeu lutar. Valeu envelhecer. Nesse momento lembrei de minha mãe, que saudade! Sentir-me grato a ela por ter registrado tudo e organizado em livros.
A fotografia é legado. O que vamos deixar nos nossos filhos?
Apenas, histórias…
O que realmente importa?
O que é real importa.
Fiquei ali, foquei em uma imagem. Era a foto, estática, profunda. Mergulhei nela, de cabeça e podia imaginar ela viva, em movimento.
Quando criança eu era capaz imaginar qualquer foto antiga da velha caixa de retratos em movimento, eu podia assistir à pequenos filmes bastava contemplar os pequenos retratos.
Para mim fotografia e vídeo sempre andaram juntos…
As horas se passaram rapidamente, resolvi ficar em casa, envolto em pensamentos, olhei para os álbuns de retratos e pensei: Não são apenas fotos, não são apenas livros, são verdadeiras, máquinas do tempo!
Créditos: Rafael Benevides